24 de out. de 2010

SONETO CXVI

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça. Amor não é amor

Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.



Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;



É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.



Amor não teme o tempo, muito embora

Seu alfanje não poupe a mocidade,



Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma, para a  eternidade.

Se isto é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

Shakespeare